Artigo

OPINIÃO: A Promessa se faz nova

Padre Xiko

Como cristãos, estamos iniciando, no próximo final de semana, um tempo especial de convites, apelos e desafios de renovação da vida pessoal e familiar, conforme falam nossas cidades, nossas ruas e praças, nossas casas e templos. Nossos ouvidos são tocados por melodias doces e encantadoras. Respiramos um clima de festa, de júbilo, de paz e harmonia.
A cada ano, repetem-se os mesmos apelos, mas, neste ano de 2018, há um particular chamado aos leigos e leigas para viverem e renovarem sua vocação de sujeitos e protagonistas da evangelização no atual momento histórico em que vivemos.
Tudo isso acontece em meio a um mundo de violência, mortes e contradições, mas a promessa continua a se fazer nova e nos traz a esperança de um mundo de paz, de compreensão, de entendimento e amor.

Recordemos palavras do profeta Baruc: "Despe, Jerusalém, a vestimenta de luto, de aflição, e coloca para sempre a veste com os adornos da glória de Deus" (5,1). Essa é a razão para levantarmos a nossa cabeça, abrirmos bem os olhos, aguçarmos os ouvidos, pois ouviremos gritos de esperança, de vida nova: é a promessa de nossa libertação que se faz nova. E, daí, nasce o grande apelo: "Preparai os caminhos, fazei retas as estradas tortuosas, aterrai os despenhadeiros...". Eis que a salvação se anuncia e se faz presente.
Necessitamos nos despir do homem velho, tornar retos nossos pensamentos, assumindo uma postura de compromisso com a paz, com a justiça e a verdade. É hora de adquirirmos atitudes de compreensão e perdão; pensamentos de entendimento, de carinho, de abandono do rancor, do ódio, da vingança e do egoísmo.
Precisamos levantar nossa cabeça e abandonar o desânimo, a tristeza, a pequenez de espírito, o exagerado apego aos bens materiais, olhar para além do hoje e preocupar-se mais com o "ser".

Mais do que nunca, nesta época e, com destaque para os leigos e leigas (no ano do laicato), são convocados a abrir os olhos da fé, os olhos da confiança e da esperança. Sim, abrir os olhos e reconhecer nos sinais dos tempos que a promessa se faz nova nas crianças que nascem, nos gestos de ternura dos casais, no aconchego dos lares que abrigam a vida que nasce, na carícia da vida que se despende. Abrir os olhos para reconhecer a promessa que se faz nova em tantas manifestações de solidariedade, em gestos gratuitos e generosos.
Precisamos mais, precisamos aguçar nossos ouvidos para escutar o doce sussurro que vem de "Nazaré", que vem de "Belém", que vem do "estábulo", que vem da "manjedoura" e que vem... sempre.

Caros leigos e leigas, gostaria de que todos vocês renovassem a alegria de sua vocação de protagonistas, tornando-se verdadeiramente sujeitos de transformação dessa sociedade que geme pela verdade e pela justiça.  A promessa faz-se nova a cada ano, para mim, para você e para todos nós. Cabe a cada um, em seu livre arbítrio, querer se preparar para esperá-la.

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